O choro é livre e permitido: devido ao grande número de pedidos o Museu do Videogame Itinerante se prepara para rodar o Brasil, por intermédio de parcerias e patrocínios de shoppings, instituições e empresas privadas. Não sabe do que se trata? Eu conto.
Criado há cinco anos pelo jornalista e curador, Cleidson Lima, o Museu do Videogame Itinerante já recebeu mais de 450 mil visitas para conferir ao vivo um acervo de mais de 200 consoles de todas as gerações nos últimos 42 anos. Apesar de não ter sede fixa, o projeto ainda não havia deixado a capital do Mato Grosso do Sul, mas agora, os gamers de todo o país terão a oportunidade de ver a história de uma das indústrias mais bem sucedidas que nós conhecemos.
Você já teve um Mega Drive, Super Nintendo, Nintendo 64, Dreamcast ou Atari? Já jogou games como Pac-Man, River Raid, The Legend of Zelda, Alex Kidd, Castelvania, e tantos outros? Na exposição você poderá encontrar isso e muito mais.
"Temos grandes colecionadores no país que fazem parte de grupos que lutam para preservar a história, como o Canal 3, e o Museu do Videogame Itinerante chega apenas como mais um para auxiliar nessa tarefa. Não temos intenção de ser o maior ou melhor, mas sim mostrar ao público que os jogos eletrônicos precisam ser reconhecidos também como história, cultura e arte," explica Cleidson.
"Para as novas gerações de consoles existirem, como PlayStation 4, Xbox One, Wii U, entre outros, houve mais de quatro décadas de evolução", pontua o jornalista, que possui relíquias tais como o Magnavox Odyssey, o primeiro console doméstico, de 1972; o Atari Pong, o primeiro console doméstico da Atari, de 1976; o Telejogo da Philco, primeiro videogame fabricado no Brasil, de 1977; o Nintendo Virtual Boy, primeiro console a rodar jogos 3D, de 1995; até mesmo o R.O.B, o robô lançado juntamente com o Nintendo 8 bits, em 1985.
R.O.B., o robô Fonte: Cidade Gamer |
Só que não termina por aí. Existem itens desconhecidos até mesmo para alguns colecionadores, como o Coleco Telstar Arcade, de 1977: lançado na era Pong, o console tinha forma triangular e cada um dos seus lados tinha um controle diferente. Ou então o Action Max, de 1987, que trazia jogos de tiro em fitas de videocassete. Curiosos hardcore também poderão conhecer o Bandai Pip Pin Atmark, o único videogame criado pela Apple, em 1995.
Em fevereiro deste ano, mais de 160 mil pessoas visitaram a exposição no shopping Bosque dos Ipês, em Campo Grande, que contou com o apoio da Playstation Brasil, Intel, Ubisoft, Oi e Kingston. Sobre as cidades que a exposição pretende visitar, já estão na lista Fortaleza, Belém, São Paulo, Rio de Janeiro (!!), Salvador, entre outras. E um ponto muito importante: esses apoios possibilitarão que as exposições sejam gratuitas para o público em geral.
Todos os itens acompanham informações como nome, data de lançamento e detalhes técnicos, e alguns consoles antigos também trazem vídeos com comerciais da época e detalhes de funcionamento, mas um dos diferenciais do museu é que além de conhecer consoles e games raros, os visitantes também podem jogar, o que torna a experiência ainda mais rica e única. Não por acaso o Museu do Videogame Itinerante teve seu trabalho reconhecido pelo IBRAM (Instituto Brasileiro de Museus).
O Super Efetivo aguarda na maior das ansiedades a chegada dessa iniciativa fantástica no Rio de Janeiro, que é onde eu moro. Seria incrível ter a exposição num Teatro Sesi, CCBB, no Imperator, até mesmo nos shoppings. O negócio é videogame, não importa onde.
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