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Liga GF - o primeiro torneio de e-sports a gente nunca esquece

Eu sei porque eu estava lá
(mas a minha noção de enquadramento ficou em casa)

Após a edição 2014 da EVO, o meu mais novo sonho gamer tornou-se assistir uma competição de e-sports ao vivo. Claro, a estrutura do torneio me impressionou, porém o que mais me deixou encantada foi ver o grau de envolvimento das pessoas presentes, fossem jogadores, público ou até narradores e comentaristas, que deram um show de profissionalismo e tornaram a experiência incrível, mesmo para quem (do verbos nós) assistiu via streaming.


Poucos dias depois a sorte me sorriu: descobri a existência da Liga GF, torneio brasileiro de jogos de luta, o que teoricamente seria nada demais, não fosse pelo fato de que a edição 2014 seria realizada no Rio de Janeiro (1) e num local muito perto da minha casa (2), o que confirmou de vez a minha presença no Teatro Sesi em Jacarepaguá na tarde de sábado, no dia 26 de julho.


Vale dizer que assisti o evento com credencial de imprensa, e eu quero parabenizar os organizadores pela atenção que tiveram comigo desde o credenciamento por e-mail, até a recepção no local. Isso me ajudou a sentir menos peixe fora d'água por ser a minha primeira vez num evento do tipo, e foi um ótimo boost extra para a estreia do Super Efetivo, pois me deu a chance de escrever esse post.


Auditório onde foi realizada a Liga GF
Créditos: Rio no Teatro

O Teatro, aliás, também merece elogios pela ótima estrutura que eu desconhecia (sim, uma vergonha), que vocês podem saber mais nesse link. Quando cheguei -pouco depois das 13h- o Márcio Filho e a equipe finalizavam os últimos preparativos, mas foi fácil entrar na vibe, muito porque eu propositalmente decidi sentar no meio da galera. Ouvi muitas conversas sobre Dota, League of Legends, EVO, estratégias usando termos técnicos com os quais eu ainda não me acostumei 100%, quando o torneio finalmente começou.


Foram apresentados os competidores e o sistema de partidas, e aos poucos os jogadores mostraram a que tinham ido através de um telão de 300 polegadas dividido em 9 telas diferentes, 8 delas foram utilizadas para os jogos escolhidos pelo próprio público (que encheu bem o auditório), via enquete no evento criado no Facebook: The King of Fighters XIII, Super Smash Bros Melee, Ultimate Marvel vs Capcom 3 e o queridinho da maioria, Ultra Street Fighter IV. Essa foi outra influência da EVO, que em 2014 teve os mesmos jogos (entre outros).


O palco durante os últimos preparativos


Confesso que eu estranhei muito o fato de tantas partidas simultâneas, pois isso dispersou bastante a minha atenção e quase não me liguei nas partidas de KOF e Melee (abreviados pela mágica da simplicidade), mas como eu nunca tinha presenciado nada disso em carne, osso e nerdice, fiquei na minha e apenas tomei nota. Dos 4 Street Fighter teve o maior número de jogadores inscritos, foi "quem" mais atraiu as atenções, animando um público armado até os dentes com os piores (e melhores) trocadilhos existentes.


O fato de a maioria presente no auditório não chegou a me intimidar tanto, pois eu obviamente já esperava por isso. Vi poucas meninas acompanhando os jogadores, mas isso me deixou pensando.. Seria interessante ter visto ao menos uma garota jogando, a exemplo do que aconteceu na edição 2013 e que vocês podem conferir aqui e aqui. Mais mulheres envolvidas no cenário de e-sports jogando, falando sobre ou ao menos assistindo seria bacana.


Gostei do nível das partidas. Alguns jogadores foram muito bem com personagens que eu não cheguei a ver sendo usados (ou muito usados) na EVO: de Street Fighter - Blanka, Vega e Guy; de Ultimate Marvel vs Capcom 3 - Zero, Nova, Super Skrull e Mike Haggar, que vários vezes acertou combos superiores a 50 hits. Outros (infelizmente não lembro com qual personagem) acertaram combos incríveis de 144 hits.


Provinha de como o game funciona tradiza pelo exótico Phoenix Wright. Objection?


Apesar da hype de assistir o meu primeiro torneio de e-sports, certos detalhes me incomodaram e de certa forma impediram a experiência de ser ainda mais proveitosa. Quero deixar eles registrados até como forma de alerta para a organização:


1) Falta de informação

No inícnio o Márcio explicou detalhadamente como se desenrolariam as partidas, quem passaria, quem ficaria, valores em barras de ouro que valem mais do que dinheiro, apresentou os jogadores, mas durante as partidas eu senti que faltou informação. Mais de uma vez ouvi os jogadores reclamarem que não sabiam quando seria a sua vez de jogar, bem como muitos não tinham a noção exata do quanto cada torneio avançava e do quanto faltava para o fim da fase de grupos. Em mais de um momento eu me senti perdida e por conta disso, irritada;


2) Modo de organização

Viram que falei sobre as partidas simultâneas? Outras pessoas disseram o mesmo e até foram além, comentando quão confuso o processo acabou ficando. Talvez pudesse ter sido usado o sistema de Winners/Losers, colocar dois jogos de cada vez rodando em mais estações (4 ao invés de 2, por exemplo), algo que melhoraria a experiência em muito, principalmente porque o telão seria automaticamente dividido em menos telas;


3) Organização no palco e das telas

Um detalhe bobo, mas que não me escapou. O fato de as estações com os consoles terem sido colocadas do lado esquerdo do palco, e a mesa de resultados do lado direito, foi um ponto contra pra mim. Segue outra foto pra vocês entenderem o motivo:




A fileira da direita prejudicou muito a visão de uma das telas de Ultimate Marvel vs Capcom 3, justamente o game que eu mais queria assistir. Talvez trocar as estações e a mesa de resultados de lugar, ou simplesmente desativar a 3ª tela inferior da 1ª coluna e ativar a 3ª tela da 3ª coluna poderia ter resolvido o problema;


E isso me leva a falar da organização dos jogos no telão. Outro detalhe bobo que fez a diferença. Nós geralmente seguimos o padrão F ou E de leitura, então ver 2 telas com KOF, a tela seguinte com Street Fighter, a seguinte com Ultimate Marvel vs Capcom 3, as 2 seguintes com Melee e as 2 ultimas com e Marvel e Street Fighter irritou a leitura. Ao menos a minha.


Veredito

Mesmo com os inúmeros problemas que marcaram a Liga GF, eu acredito que o evento tem potencial para continuar crescendo. Entretanto, a atenção extra que a organização teve com os participantes precisa se extender a outras áreas, aparar as pontas e manter em mente que detalhes tão pequenos de nós dois são uma carta na manga pra conquistar o público, seja ele íntimo de jogos de luta e/ou do e-sports em geral, ou nem isso.


(Deixo eu mesma como exemplo: estou acostumada com jogos de luta, mas ainda me acostumando com o universo dos esportes eletrônicos)


Questões de horário e divulgação também são importantes. Eu infelizmente não pude ficar até o fim, precisei deixar o Teatro quase às 21h e Street Fighter estava terminando a fase de grupos. Outros jogadores não puderam comparecer pela incompatibilidade de agendas, houveram cerca de 10 derrotas por W.O. Depois das 19h um e outro celular (incluindo o meu) tocaram com parentes curiosos sobre quando chegaríamos em casa.


No dia 27 de Setembro está marcado para acontecer a 2ª etapa, e é bem certo que eu marque presença. Sim, a primeira impressão foi balançada, mas é o potencial que eu vejo para melhorar (que é bastante) é que me deixa esperançosa e incentiva a repetir a dose. Quando/se isso se confirmar, aviso e vocês que forem vão poder me encontrar lá.


Liga GF 2014: #EuFui


Vencedores

Ultimate Marvel Vs. Capcom 3
(Da esquerda para direita)

- Márcio Matheus (Diretor Comercial da GF Corp)
- Leandro Coelho: 3º Lugar
- Carlos Eduardo da Silva: 1º Lugar
- Leandro Caldini: 2º Lugar
Ultra Street Fighter IV
(Da esquerda para direita)

- Márcio Matheus (Diretor Comercial da GF Corp)
- Rafael Cruz: 3º Lugar
- Diego "SFT DARK817" Lins: 1º Lugar
- Alan Silva: 2º Lugar
The King of Fighters XIII
(Da esquerda para direita)

- Márcio Matheus (Diretor Comercial da GF Corp)
- Alexandre Conceição: 3º Lugar
- Átila Custódio: 2º Lugar
- Thiago "Mobby" Araújo:  1º Lugar



Super Smash Bros. Melee
(Da esquerda para direita)

- Márcio Matheus (Diretor Comercial da GF Corp)
- Bruno "Hell" Muzine: 2º Lugar
- Ivan "Izzi" Valverde: 1º Lugar
- Nelson "JBB" Rodrigo: 3º Lugar
Créditos (fotos acima): Facebook

Mais fotos

Créditos: Facebook

Se quiserem ver cliques profissionais (e ainda mais bonitos) da primeira etapa da Liga GF, recomendo visitarem a galeria do fotógrafo Rick Ribeiro nesse link.

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