O criador de Super Smash Bros, Masashiro Sakurai revelou o visual "Zero Suit" de Samus no próximo game da franquia, baseado na aparência da personagem em Metroid Fusion e Metroid Zero Mission. As imagens são direto do Miiverse e mostram Samus em roupas mais simples do que as de costume.

Sobre como as roupas foram acrescentadas no game, Sakurai explica que foi uma ideia de última hora:

"Olhando para o número de dias que nos restam para o desenvolvimento, seria uma tarefa impossível para criar isso.. Foi o que eu disse a minha equipe. Mas graças à determinação de sua projetista, as roupas Zero Suit foram concluídas a tempo. Diretamente de Metroid:. Zero Mission, aqui está Samus em shorts! Você pode usar as mesmas variações roupa em ambas as versões 3DS e Wii U."

Anúncio feito, polêmica plantada com sucesso. E ironicamente envolvendo Super Smash Bros, elogiado pela inclusão de personagens femininas quando a Ubisoft trocou os pés com as mãos ao explicar a ausência feminina em Assassin's Creed: Unity. Levantaram-se os clamores sobre a representação e sexualização feminina nos jogos, a desconstrução de uma personagem feminina forte em prol das vendas, mensagens muito, muito válidas, mas igualmente cansativas. E eu digo o por quê.

Eu devo ser a única mulher que não viu nada demais nessas roupas. São bonitas, coloridas, deixaram Samus com jeito de maratonista, e só. Gosto da ideia de mercenária intergalática que explodiu cabeças ao se revelar como a protagonista de Metroid, e não o protagonista, a imagem que mais me agrada e a imagem pela qual sempre terei mais apego. Se vierem outras de menor apelo, Samus continua sendo uma mercenária intergalática badass pra mim. Ponto. Não tenho ninguém colocando uma arma na minha cabeça obrigando a pensar o contrário.

Ou tenho?

Obviamente eu entendo o clamor feminino. Sou gamer e mulher. Entretanto, tenho observado quão grande é a carga de stress que vem invadindo o universo ao longo dos anos, transformando uma simples atividade como ligar o console/PC/emulador em algo extremamente desgastante, quando não era suposto ser. Discutimos demais, resolvemos de menos. Curtimos quase nada.

Se você critica a sexualização da Samus, você é uma feminista histérica.
Se você não vê sexualização ou não se sente afetado pela mesmavocê é machista.

Deveras (in)coerente.

Precisamos exercitar a tolerância e entender que sim, a representação feminina nos jogos é significativamente desbalanceada, mas que sim, uma pessoa tem o direito a sua opinião, concordando ou discordando. A base de toda opinião, entretanto, é o respeito, pois "machistas criticando feministas" e "feministas criticando machistas" nos leva a tudo, menos a algum lugar. Estamos matando a principal ideia dos games que é divertir, não irritar.

Me sinto mal por não me sentir ofendida com a Zero Suit da Samus, dá a entender que eu sou a louca por ver a situação a partir de uma perspectiva diferente da maioria, bem como reagir de maneiras relativamente diferentes. Essa sou eu no meu melhor mode (o de contrariar).

No giro de notícias, a Nintendo revelou no mês passado três novos personagens: Lucina, Robin e o retorno do mítico Captain Falcon para a nova versão do game que está saindo para Wii U e o 3DS. E assim Super Smash Bros destrói vidas desde o Nintendo 64, algumas vezes sem a necessidade das pessoas jogarem uma partida.